A influência da cultura indígena na formação do povo brasileiro
A colonização brasileira empreendida pelos portugueses a partir do
século XVI, plasmou entre a população rural não-indígena um modelo
sociocultural de adaptação ao meio. Esse modelo sociocultural de
ocupação do espaço e de utilização dos recursos naturais deve a maior
parte de suas características às influências das populações indígenas e
ao caráter cíclico e irregular do avanço nacional sobre o interior do
Brasil.
Frente a uma natureza desconhecida, os portugueses e a população
brasileira formada ao longo do empreendimento colonial, abraçaram
técnicas adaptativas dos nossos povos indígenas. Com o conhecimento dos
nossos povos indígenas, incorporaram a base alimentar, constituída pelo
plantio do milho, mandioca, abóbora, feijões, amendoim, batata-doce,
cará entre outros.
Adotaram produtos de coleta, compondo sua dieta com a extração do
palmito e de inúmeras frutas nativas, como o maracujá, pitanga, goiaba,
banana, caju, mamão e tantas mais. E, como complementos essenciais,
apoiaram-se na caça e pesca.
Isso implicou na adoção de técnicas de plantio indígena e a utilização de artefatos como peneiras, os pilões, o ralo e o tipiti e outros artefatos que ainda hoje fazem parte da cultura rústica brasileira.
Isso implicou na adoção de técnicas de plantio indígena e a utilização de artefatos como peneiras, os pilões, o ralo e o tipiti e outros artefatos que ainda hoje fazem parte da cultura rústica brasileira.
Os povos indígenas ensinaram-lhes também a extraordinária capacidade de
ajustamento ao meio demonstrada pelos nossos povos: conhecimento
minucioso dos hábitos dos animais, técnicas precisas de captura e
morte, incluindo inúmeras armadilhas. A lista de elementos apropriados
das culturas dos nossos antepassados é enorme, não cabe aqui
detalhá-la, mas apenas mencionar mais alguns itens, como as técnicas de
fabricação e uso de canoas, da jaganda,
de tapagem, redes e armadilhas de pesca, de cobertura de casas rurais com material vegetal e o uso de rede para dormir. A influência indígena também se manifestou nas formas de organização para o trabalho e nos modos de sociabilidade. Em linhas bastante gerais, a colonização portuguesa dedicou-se à exploração intensiva de certos produtos valiosos no mercado internacional promovendo um verdadeiro saque (destruição) às nossas riquezas naturais e ambientais.
de tapagem, redes e armadilhas de pesca, de cobertura de casas rurais com material vegetal e o uso de rede para dormir. A influência indígena também se manifestou nas formas de organização para o trabalho e nos modos de sociabilidade. Em linhas bastante gerais, a colonização portuguesa dedicou-se à exploração intensiva de certos produtos valiosos no mercado internacional promovendo um verdadeiro saque (destruição) às nossas riquezas naturais e ambientais.
A questão ambiental nos últimos anos jogou outra luz sobre esses
modos arcaicos de produção, demonstrando a positividade relativa dos
modelos indigenas de exploração dos recursos naturais e do modelo da
cultura rústica, parente mais pobre, mas valioso, dos modelos indigenas
sustentável. Isto é conhecimento tradicional. Um conjunto de saberes e
saber-fazer a respeito do mundo natural e sobrenatural, transmitido
oralmente, de geração em geração. Para os nossos povos indigenas, há
uma interligação orgânica entre o mundo natural, o sobrenatural e a
organização social.
organização social.
Posto isto, destacamos a contribuição dos nossos povos, na formação da
nação brasileira, não somente nos conhecimentos rudimentares como gosta
de enfatizar os inimigos dos índios, mas, sobretudo, nos conhecimentos
tradicionais milenares transmitidos de geração em geração, notadamente
os respeitantes à preservação e o respeito à natureza e ao meio
ambiente.
Costumes
- Dormir em redes
- Banho diário
Folclore
- Cobra grande
- Curupira