terça-feira, 30 de outubro de 2012

A influência da cultura indígena na formação do povo brasileiro

   A colonização brasileira empreendida pelos portugueses a partir do século XVI, plasmou entre a população rural não-indígena um modelo sociocultural de adaptação ao meio. Esse modelo sociocultural de ocupação do espaço e de utilização dos recursos naturais deve a maior parte de suas características às influências das populações indígenas e ao caráter cíclico e irregular do avanço nacional sobre o interior do Brasil.
   Frente a uma natureza desconhecida, os portugueses e a população brasileira formada ao longo do empreendimento colonial, abraçaram técnicas adaptativas dos nossos povos indígenas. Com o conhecimento dos nossos povos indígenas, incorporaram a base alimentar, constituída pelo plantio do milho, mandioca, abóbora, feijões, amendoim, batata-doce, cará entre outros.
   Adotaram produtos de coleta, compondo sua dieta com a extração do palmito e de inúmeras frutas nativas, como o maracujá, pitanga, goiaba, banana, caju, mamão e tantas mais. E, como complementos essenciais, apoiaram-se na caça e pesca.
    Isso implicou na adoção de técnicas de plantio indígena e a utilização de artefatos como peneiras, os pilões, o ralo e o tipiti e outros artefatos que ainda hoje fazem parte da cultura rústica brasileira.
   Os povos indígenas ensinaram-lhes também a extraordinária capacidade de ajustamento ao meio demonstrada pelos nossos povos: conhecimento minucioso dos hábitos dos animais, técnicas precisas de captura e morte, incluindo inúmeras armadilhas. A lista de elementos apropriados das culturas dos nossos antepassados é enorme, não cabe aqui detalhá-la, mas apenas mencionar mais alguns itens, como as técnicas de fabricação e uso de canoas, da jaganda,
de tapagem, redes e armadilhas de pesca, de cobertura de casas rurais com material vegetal e o uso de rede para dormir. A influência indígena também se manifestou nas formas de organização para o trabalho e nos modos de sociabilidade. Em linhas bastante gerais, a colonização portuguesa dedicou-se à exploração intensiva de certos produtos valiosos no mercado internacional promovendo um verdadeiro saque (destruição) às nossas riquezas naturais e ambientais.
    A questão ambiental nos últimos anos jogou outra luz sobre esses modos ‘arcaicos’ de produção, demonstrando a positividade relativa dos modelos indigenas de exploração dos recursos naturais e do modelo da cultura rústica, parente mais pobre, mas valioso, dos modelos indigenas sustentável. Isto é conhecimento tradicional. Um conjunto de saberes e saber-fazer a respeito do mundo natural e sobrenatural, transmitido oralmente, de geração em geração. Para os nossos povos indigenas, há uma interligação orgânica entre o mundo natural, o sobrenatural e a
organização social.
   Posto isto, destacamos a contribuição dos nossos povos, na formação da nação brasileira, não somente nos conhecimentos rudimentares como gosta de enfatizar os inimigos dos índios, mas, sobretudo, nos conhecimentos tradicionais milenares transmitidos de geração em geração, notadamente os respeitantes à preservação e o respeito à natureza e ao meio ambiente.

 Costumes

  • Dormir em redes 
  • Banho diário

 Folclore

  • Cobra grande
  • Curupira 
    A sociedade brasileira é formada de misturas étnicas bem diferentes. O povo europeu, o povo africano e os indígenas possuiam projetos de vida diferentes. No entanto, no dinâmico desenrolar histórico, esses povos se cruzaram e, em meio a conflitos e interesses diversos, culminaram com a formação de uma sociedade misturada e original: o povo brasileiro.

 


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

90% das escolas têm registros de violência

No dia 14/08/2012,na reportagem de Cláudia Boff, o Diário de Canoas abordou um assunto que tem sido muito falado ultimamente, a violência nas escolas.
Ao falar de violência muitos pensam somente em agressão física como tapas,chutes e etc, mas a violência vai muito além com a agressão verbal e também o bullying.
O jornal nos mostra uma porcentagem de uma pesquisa realizada pela Guarda Municipal, que indica que 90% das 48 escolas municipais de Canoas tem vivenciado discussões e brigas não só entre colegas mas também entre professores e alunos.
Entre março e agosto deste ano ocorreram 470 casos de violência escolar, sendo 32% agressões físicas, 9,4% agressões verbais e 6% atos praticados por bullying.
Quem é estudante sabe que hoje em dia isso esta mesmo comum nas escolas, por onde se passa podemos ver as ofensas, os xingamentos e as agressões físicas que são muitas vezes provocadas por bobagens, como briguinhas por namorados, puxões de cabelo ou até mesmo justificadas  por "ela estava me encarando e eu não gostei".
A pedagoga Lauraci Dondé diz que a violência sofrida nas escolas é reflexo de uma série de mudanças na sociedade dentre as quais a família ganha outra dimensão.
Em minha opinião a falta de atenção em casa, os problemas familiares não justificam o mal comportamento de alunos que hoje em dia tem se mostrado muito mal educados e loucos por chamar a atenção. Não tem o menor respeito com os mais velhos, os professores, e na verdade não tem respeito nem consigo mesmos porque acham que humilhar alguém é legal.
Alguns fazem apenas pra se mostrar para os amigos e poder se encaixar naqueles "grupinhos" das escolas, e é ai que começa o famoso "bullying", pois se você não faz o que eles querem pra entrar pro grupinho quem se torna o novo alvo dos xingamentos é você.
O que esta faltando é a educação que devia vir de casa, não é falta de atenção dos pais e sim a falta de educação dos jovens que os levam a achar que são melhores que alguém e que podem humilhar por serem de diferentes classes sociais, raça e aparência.
Ninguém tem o direito de xingar, ofender, humilhar e bater em ninguém mas tem todo direito e dever de ter educação e respeito com o próximo sendo coleguinhas de sala ou até professores e funcionários da escola.
E retorno a dizer que educação é algo que vem de casa, a escola só tem a obrigação de nos dar conhecimento para que possamos nos tornar cidadãos melhores.


Natália Silva.